29 de abril de 2012

Regência Verbal


A regência verbal faz referência ao estudo da relação que se estabelece entre os verbos e seus complementos
A regência verbal faz referência ao estudo da relação que se estabelece entre os verbos e seus complementos

Dentre os estudos linguísticos inerentes à sintaxe, encontra-se a sintaxe de regência. Ela é responsável pelo estudo das relações de dependência que se estabelecem entre os termos da oração ou entre as orações no período. Assim sendo, quando um desses termos diz respeito a um verbo, tem-se o que denominamos regência verbal. Atente-se para os enunciados que seguem:
Aspiramos a fragrância agradável do perfume.
Há muito aspiramos a este disputado cargo na empresa.
Em ambas as orações temos um verbo (aspirar), mas esse verbo por si só não possui sentido completo, necessitando, portanto, de um termo que o complemente. Nesse caso, temos o termo regente – demarcado pelo próprio verbo; e o termo regido – representado pelo complemento. Dessa forma, estamos fazendo referência à transitividade verbal, ou seja, em alguns casos o verbo pode ser transitivo direto, em outras ele pode ser transitivo indireto ou pode ocupar as duas funções ao mesmo tempo, dependendo do contexto. Esse contexto se traduz pelo significado que ele apresenta, assim como podemos verificar por meio dos exemplos anteriores:
No primeiro exemplo, o sentido do verbo em questão faz referência ao ato de “sorver, cheirar”. Assim sendo, ele ocupa a posição de transitivo direto. Já no segundo, notadamente pelo emprego da preposição, o sentido diz respeito ao ato de “almejar, pretender a algo” – razão pela qual ele se classifica como transitivo indireto.
Diante do exposto, pudemos compreender de modo efetivo acerca da função que se atribui à regência verbal, ou seja, ela se ocupa do estudo da relação que se estabelece entre os verbos e seus respectivos complementos. Enquanto usuários da língua, é necessário compreender como se dá essa relação para que possamos construir nossos discursos de forma adequada.
Assim sendo, ocupemo-nos em ampliar nossos conhecimentos, começando a entender um pouco mais sobre os verbos intransitivos e, em seguida, checando uma listagem contendo os principais verbos, os quais ora podem assumir a função de transitivos diretos, ora de indiretos. 
Verbos intransitivos
Representam aqueles verbos que por si só possuem sentido completo. A título de representá-los, citamos o caso dos verbos chegar e ir, os quais, normalmente, são sucedidos de adjuntos adverbiais. Observe:
Chegamos a Brasília.
Constatamos que o termo “a Brasília” representa o adjunto adverbial de lugar.
Nós fomos a São Paulo.
“A São Paulo” também representa a função de adjunto adverbial de lugar.
Regência verbal de alguns verbos
Observe uma listagem com os verbos mais recorrentes, levando-se em conta a transitividade que a eles se atribui:
Agradecer
a) Transitivo direto – Ocorre quando o complemento faz referência a um ser não personificado:
Agradeceu a atenção.
b) Transitivo indireto – Manifesta-se quando o complemento diz respeito a um ser personificado:
Agradeceu aos ouvintes.
c) Transitivo direto e indireto – Assim se caracteriza quando se refere a coisas e a pessoas ao mesmo tempo:
Agradeceu a atenção aos ouvintes.
Ajudar
a) Quando seguido de um infinitivo transitivo, precedido da preposição “a”, tanto pode ser transitivo direto quanto indireto:
Ajudou o aluno a realizar a pesquisa.
Ajudou ao aluno a realizar a pesquisa.
b) No caso de o infinitivo preposicionado ser intransitivo, ocupa apenas a função de transitivo direto:
Ajudaram a multidão a entrar.
Aqui temos o infinitivo preposicionado funcionando como intransitivo.
c) Caso não esteja seguido de infinitivo, geralmente ocupa a função de objeto direto, somente:
Ajudei-a muito hoje.
Ansiar
a) Transitivo direto – Assim se classifica quando o sentido fizer referência a “angustiar, provocar mal-estar”:
A demora ansiava-o.
b) Transitivo indireto – Ocupa tal posição quando o sentido se referir a “desejar”, sempre regido pela preposição “por”:
Ansiava por uma proposta melhor de emprego.  
Aspirar
a) Na qualidade de transitivo direto revela o sentido de “cheirar, sorver”:
Aspiramos a fragrância agradável do perfume.
b) Ocupando a função de transitivo indireto retrata o sentido referente a “desejar, pretender”:
Há muito aspiramos a este disputado cargo na empresa.   
Assistir
a) Transitivo direto ou indireto – Tais posições se manifestam quando o sentido fizer referência a “prestar socorro, dar assistência”:
O médico assistiu o paciente.
O médico assistiu ao paciente.
b) Transitivo indireto – Assim se manifesta quando o sentido se referir a “presenciar, estar presente”:
Assistimos à queima de fogos.
c) Transitivo indireto – Tal posição é ocupada quando o sentido fizer referência a “favorecer, pertencer”:
O direito de reclamação assistia aos clientes.
Assiste-lhe o direito de reinvindicação.
Casar
a) Intransitivo – Quando por si só apresentar sentido completo.
Eles casaram (ou se casaram – na qualidade de pronome reflexivo) na Europa.
b) Transitivo indireto – Quando requisitar um complemento, sendo este regido pelo uso da preposição:  
Eles se casou com a melhor amiga.
c) Transitivo direto e indireto – Ocorre quando requisitar dois tipos de complemento: um sem preposição e outro acompanhado dela:
O vizinho casou sua filha com meu primo.
Chamar
a) Transitivo direto – Quando a ideia se referir a “invocar, convocar”:
Chamou-o para jantar.   
Chamou-as para a reunião.
b) Transitivo direto e indireto – Assim se revela quando o sentido fizer referência ao ato de “tachar, apelidar, denominar”. Assim sendo, admite quatro possibilidades de construção:
Chamei-a interesseira.
Chamei-lhe interesseira. 
Chamei-a de interesseira.
Chamei-lhe de interesseira.
Esforçar-se
No sentido de fazer esforço por alguma coisa é essencialmente pronominal. É regido pelas preposições “em”, “a”, “por” e “para”:
Em vão nos esforçávamos para dar o melhor.
Esforçava-me em sentir pena dele.
Esquecer
a) Transitivo direto:
Esqueci os fatos ocorridos.
b) Transitivo indireto:
Esqueci-me dos fatos ocorridos.
Nesse caso, como o verbo assume a condição de pronominal, será sempre transitivo indireto.
c) Constatamos que nas duas primeiras construções “fatos ocorridos” assumiram a posição de objeto, enquanto que na última, a de sujeito. Assim sendo, é o mesmo que disséssemos “os fatos ocorridos esqueceram-me, fugiram-me da lembrança”. Tal construção se refere ao uso literário. 
Esqueceram-me os fatos ocorridos.
Implicar
a) Transitivo direto – No sentido de “acarretar, envolver”:
As despesas extras implicam gastos desnecessários.
b) Transitivo indireto – Fazendo referência a “ter implicância”:
Os alunos implicaram com o professor.
c) Transitivo direto e indireto – Retratando a ideia referente a “comprometer-se, envolver-se”:
Ela implicou-se em atos ilícitos.
Informar
a) Assume a posição de transitivo direto e indireto, partindo de dois aspectos básicos:
Quando fizer referência à pessoa, funciona como objeto direto; e quando fizer referência à coisa atua como objeto indireto, regendo as preposições “de” ou “sobre”:
Informaram o paciente da cirurgia que iria fazer.
ou
Informaram o paciente sobre a cirurgia que iria fazer.
ou
Informaram ao paciente a cirurgia que iria fazer.  
Interessar-se
Na qualidade de verbo pronominal é sempre transitivo indireto, regido pelas preposições “em” e “por”:
Interessava-se nesta pesquisa.
Interessava-se por esta pesquisa.
Namorar
a) Intransitivo, quando fizer referência a “galantear, cortejar”: 
Comecei a namorar muito cedo.
b) Transitivo direto no sentido de “desejar ardentemente, galantear, cortejar”:
Pedro namora Beatriz há dois anos. 
Do lado de fora, namorava a vitrine de guloseimas.
Obedecer/desobedecer
Classificam-se como transitivos indiretos, regidos pela preposição “a”:
Devemos obedecer aos nossos pais.
Não devemos desobedecer aos sinais de trânsito.
Pagar
a) Transitivo direto quando o objeto fizer referência à coisa:
Pagamos a dívida.
b) Transitivo indireto quando o objeto fizer referência à pessoa:
Pagamos aos credores.
c) Transitivo direto e indireto quando fizer referência a ambos os elementos ao mesmo tempo:  
Pagamos a dívida aos credores.
Perdoar – Tal verbo se encontra submetido aos mesmos pressupostos do verbo pagar.
Preferir
a) Transitivo direto, quando o sentido se atém a “escolher, dar primazia a”:
Prefiro ficar em casa.
b) Transitivo direto e indireto quando o sentido se voltar para “decidir entre uma coisa e outra”:
Prefiro ficar em casa a sair.
Prevenir
a) Transitivo direto – Fazendo referência a “evitar dano”:
A precaução previne acontecimentos inesperados.
b) Transitivo direto e indireto – Referindo-se ao ato de avisar com antecedência.
Prevenimos os moradores de que haveria corte de energia.
Querer
a) Transitivo direto – Quando o sentido se ativer a “desejar, pretender”: 
O casal queria morar em São Paulo.
b) Transitivo indireto – Quando fizer referência a “amar, ter afeto”:
Queria muito bem a todos os seus amigos.
Simpatizar
Assume a posição de transitivo indireto, regido pela preposição “com”:
Não simpatizamos com os novos diretores.     
Observação importante:
O verbo antipatizar segue a mesma regência do verbo simpatizar.
Suceder
a) Intransitivo, no sentido de “acontecer, ocorrer”:
Os fatos sucederam rapidamente.
b) Transitivo indireto, quando a ideia estiver relacionada a “acontecer algo com alguém”, “vir depois, seguir-se”:
 Não nos recordamos do que sucedeu a ela naquela noite. 
Visar
a) Transitivo direto no sentido de “dirigir o olhar para, apontar arma de fogo, pôr o sinal de visto em algo”:
O cliente visou o cheque.
A arma visava a cabeça do meliante.
Os convidados visavam a entrada da debutante.
b) Transitivo indireto, quando o sentido fizer referência a “pretender, objetivar, ter em vista”:  
Incansavelmente, visava ao aumento de salário.
As reformas visam à melhoria da infraestrutura.

Referência: Brasil Escola. (http://www.brasilescola.com/gramatica/regencia-verbal.htm).

Classificação dos Verbos

Os verbos da língua portuguesa são classificados em: regulares, irregulares, anômalos, defectivos e abundantes.
• Regulares: são aqueles em que o radical permanece o mesmo em toda a conjugação.
Exemplo: verbo cantar.

PresentePerfeito  

RadicalTerminaçãoRadicalTerminação
CantoCantei
CantasCantaste
CantaCantou
CantamosCantamos
CantaisCantastes
CantamCantaram

• Irregulares: são os verbos cujos radicais se alteram ou cujas terminações não seguem o modelo da conjugação a que pertencem.
Exemplo: verbo ouvir.

PresentePerfeito   


RadicalTerminaçãoRadicalTerminação
OuçoOuvi
OuvesOuviste
OuveOuviu
OuvimosOuvimos
OuvisOuvistes
OuvemOuviram

• Anômalos: verbos que apresentam mais de um radical ao serem conjugados.
Exemplo: verbo ser e ir.
No verbo ser ocorrem radicais diferentes, note pela diferença entre: seja, era.
No verbo ir, da mesma forma: vou, fui, irei.
• Defectivos: não se apresentam em todas as flexões.
Exemplos:
 
verbo abolir  verbo reaver 

Presente do indicativoPresente do indicativo
Eu #   Eu #
Tu aboles  Tu #
Ele abole  Ele #
Nós abolimos  Nós reavemos
Vós abolis  Vós reaveis
Eles abolemEles #
• Abundantes: apresentam duas ou mais formas equivalentes.
Exemplo:

aceitaraceitadoaceito
acenderacendidoaceso
corrigircorrigidocorreto
elegerelegidoeleito
emergiremergidoemerso
entregarentregadoentregue
encherenchidocheio
expelirexpelidoexpulso
extinguirextinguidoextinto
fritarfritadofrito
imergirimergidoimerso
imprimirimprimidoimpresso
inseririnseridoinserto
limparlimpadolimpo
matarmatadomorto

Referência: Brasil Escola. (http://www.brasilescola.com/gramatica/classificacao-dos-verbos.htm).

As flexões verbais


O que representa as flexões verbais

As flexões verbais são expressas por meio dos temposmodo e pessoa da seguinte forma:
  • O tempo indica o momento em que ocorre o processo verbal.
  • O modo indica a atitude do falante ( dúvida, certeza, impossibilidade, pedido, imposição, etc.)á
  • A pessoa marca na forma do verbo a pessoa gramatical do sujeito.

Tempos

Há tempos do presente, do passado ( pretérito ) e do futuro.

Modo

Modo Indicativo

Indica uma certeza relativa do falante com referência ao que o verbo exprime; pode ocorrer no tempo presente, passado ou futuro:
Presente ( IdPr ):
Processo simultâneo ao ato da fala - fato corriqueiro, habitual:
Compro livros nesta livraria.
nota:
Usa-se também o presente com o valor de passado - passado histórico ( nos contos, narrativas )
Tempos do pretérito ( passado ) ( Id Pt ):
Exprimem processos anteriores ao ato da fala. São eles:
  • Pretérito imperfeito
    Exprime um processo habitual, ou com duração no tempo:
    Naquela época eu cantava como um pássaro.
  • Pretérito perfeito
    Exprime uma ação acabada:
    Paulo quebrou meu violão de estimação.
  • Pretérito mais-que-perfeito
    Exprime um processo anterior a um processo acabado:
    Embora tivera deixado a escola, ele nunca deixou de estudar.
Tempos do futuro ( Id Ft ): Indicam processos que irão acontecer:
  • Futuro do presente
    Exprime um processo que ainda não aconteceu:
    Farei essa viagem no fim do ano.
  • Futuro do pretérito
    Exprime um processo posterior a um processo que já passou:
    Eu faria essa viagem se não tivesse comprado o carro.

Modo Subjuntivo

Expressa incerteza, possibilidade ou dúvida em relação ao processo verbal e não está ligado com a noção de tempo. Há três tempos: presente, imperfeito e futuro.
Quero que voltes para mim.
Não pise na grama.
É possível que ele seja honesto.
Espero que ele fique contente.
Duvido que ele seja o culpado.
Procuro alguém que seja meu companheiro para sempre.
Ainda que ele queira, não lhe será concedida a vaga.
Se eu fosse bailarina, estaria na Rússia.
Quando eu tiver dinherio, irei para as praias do nordeste.

Modo Imperativo

Exprime atitude de ordem, pedido ou solicitação: Vai e não voltes mais.

Pessoa

A norma da língua portuguesa estabelece três pessoas:
Singular: eu , tu , ele, ela .
Plural: nós, vós, eles, elas.
nota:
No português brasileiro é comum o uso do pronome de tratamento você (s) em lugar do tu evós.

Referência: Língua portuguesa em uso (http://www.lpeu.com.br/a/As-flex%C3%B5es-verbais.html)

Formação dos Tempos Verbais

• Pretérito perfeito e seus derivados 
O pretérito perfeito do indicativo é um tempo primitivo, empregado para referenciar fatos que começaram no passado e já foram concluídos. Ex. 
Eu andei 
Tu andaste 
Ele andou 
Nós andamos 
Vós andastes 
Eles andaram 
Do pretérito perfeito derivam-se o pretérito mais-que-perfeito do indicativo, o futuro do subjuntivo e o pretérito imperfeito do subjuntivo. Tais derivados formam-se pelo tema do pretérito perfeito que é obtido conjugando esse tempo na 2ª pessoa do singular (tu) e eliminando a desinência – ste. Ex. 
Tu andaste -ste anda 
Tu bebeste -ste bebe 
Tu partiste -ste parti 
Acrescenta-se ao verbo as desinências referentes a cada um dos três tempos derivados como: 
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo -ra, -ras, -ramos, -reis, -ram 
Futuro do subjuntivo -r, -res, -r, -rmos, -rdes, -rem 
Pretérito imperfeito do subjuntivo -sse, -sses, -sse, -ssemos, -sseis, -ssem 
• Infinitivo Impessoal e seus Derivados 
Infinitivo impessoal é aquele que não se refere a nenhuma pessoa gramatical sendo o próprio nome do verbo. Ex. 
Viver é a grande aventura. 
Obtêm-se três tempos derivados: 
Futuro do presente do indicativo -ei, -ás, -á, -emos, -eis, -ào 
Futuro do pretérito do indicativo -ia, -ias, -ia, -íamos, -íeis, -iam 
Infinitivo pessoal #, -es, #, -mos, -des, -em 
# indica que, no infinitivo pessoal, não existem desinências específicas para a 1ª e a 3ª pessoa do singular. 
• Correlação entre os Tempos Verbais 
Os verbos normalmente estabelecem correlações entre si, a fim de se ajustarem adequadamente no que se refere às variadas possibilidades de uso dos tempos e modos verbais. Ex. 
Se eles voltassem, eu ficaria feliz. 
                            correlação Voltassem (verbo imperfeito do subjuntivo), exprime uma hipótese e exige o emprego da forma ficaria (verbo futuro do pretérito do indicativo), que exprime um acontecimento possível, mas condicionado à ocorrência do fato contido em voltassem. A esse tipo de articulação temporal dá-se o nome de correlação temporal.



Referência: Brasil Escola. (http://www.brasilescola.com/gramatica/formacao-dos-tempos-verbais.htm).

Vozes do Verbo


Como já é do nosso conhecimento, a classe gramatical ora denominada de“verbo” é aquela, dentre as demais, que mais apresenta flexões. Tais flexões referem-se a tempo, modo, pessoa, número e voz.
Dando ênfase às vozes do verbo, torna-se importante ressaltar que as mesmas estão diretamente ligadas à maneira como se apresenta a ação expressa pelo verbo em relação ao sujeito.
No objetivo de compreendermos melhor como se forma todo este processo, as estudaremos detalhadamente, priorizando conceitos seguidos de seus respectivos exemplos:
Voz ativa 
Neste caso, o sujeito é o agente da ação verbal, ou seja, é ele quem a pratica. Observemos o exemplo:
O repórterleu a notícia
Sujeito agenteVerbo na voz ativa
Voz passiva 
Nela, a situação se inverte, pois o sujeito torna-se paciente, isto é, ele sofre a ação expressa pelo fato verbal. Vejamos:
A notíciafoi lida pelo repórter
Sujeito pacienteVerbo na voz passiva
Podemos perceber que o agente, neste caso, foi o repórter, que praticou a ação de ler a notícia.
A voz passiva apresenta-se em dois aspectos:
Voz passiva sintética – Formada por um verbo transitivo direto (ou direto e indireto) na terceira pessoa (do singular ou plural) mais o pronome “se” (apassivador).
Exemplo:
Praticaram-seações solidárias
Voz passiva sintéticaSujeito paciente
Voz passiva analítica – Formada pelo verbo auxiliar (ser ou estar) mais o particípio de um verbo transitivo direto (ou direto e indireto).
Exemplo:
Ações solidáriasforam praticadas
Sujeito pacienteVoz passiva analítica
 foram – verbo ser / praticadas - particípio
Voz reflexiva
Ocorre quando o sujeito é agente e paciente ao mesmo tempo, ou seja, ele tanto pratica quanto recebe a ação expressa pelo verbo. Conforme demonstrado a seguir:
A garotapenteou-se diante do espelho
Sujeito agenteVerbo na voz reflexiva
É importante entendermos que desta forma a garota praticou a ação de pentear-se e recebeu a ação de ser penteada.

Referência: Brasil Escola. (http://www.brasilescola.com/gramatica/vozes-verbais.htm).

Formas Nominais do Verbo

Sabemos que o verbo está inserido dentre as classes gramaticais, e que também é o termo que mais sofre flexões, seja de número, pessoa, modo, tempo e voz. O mesmo conceitua-se como sendo a palavra que exprime ação, estado ou mudança de estado e fenômeno da natureza. 
E para falarmos sobre as formas nominais do verbo, é importante sabermos o “porquê” desta denominação, ou seja, em certas circunstâncias, este verbo pode assumir o papel de um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio). 
As formas nominais são: 
Infinitivo - É quando o verbo apresenta-se na sua forma original, isto é, ele não é conjugado. Para melhor entendimento, é preciso lembrar-se daquelas três terminações: primeira conjugação - AR; segunda conjugação - ER; terceira conjugação - IR. No caso do infinitivo, temos o Pessoal, no qual o processo verbal se relaciona a um ser. Como por exemplo: Eu preciso fazer atividade física. E o Impessoal, onde o processo verbal não se restringe a nenhum ser, ou seja, não existe sujeito se relacionando com o verbo. 
Exemplificando, temos: Fazer atividade física é essencial à saúde
Gerúndio - indica uma ação verbal incompleta ou prolongada e possui a terminação -NDO. 
A garota estava estudando quando a convidei para sairmos.
Estou memorizando estas fórmulas para o teste de amanhã. 
Particípio - revela o tempo passado da ação verbal e sua ocorrência manifesta-se nas locuções verbais, nos tempos compostos e nas orações reduzidas. Sua terminação é em ADO e IDO. Vejamos: 
Se você tivesse avisado, não teria chegado antes.
Aprovado no concurso, iniciarei meu projeto. 



Referência: Brasil Escola. (http://www.brasilescola.com/gramatica/formas-nominais-verbo.htm).

22 de abril de 2012

Sujeito e Predicado


Sujeito: é o termo da oração que funciona como suporte de uma afirmação feita através do predicado.

Predicado: é o termo da oração que, através de um verbo, projeta alguma afirmação sobre o sujeito.

Exemplo:

A pequena criança
me contou a novidade com alegria no olhar.
Sujeito
Predicado


Para ajudar a localizar o sujeito há três critérios:

• Concordância: o verbo está sempre na mesma pessoa e número que o seu sujeito;
• Posição: normalmente, o sujeito precede o verbo e, mesmo que venha depois, pode ser transposto naturalmente para antes;
• Permutação: quando o núcleo do sujeito é um substantivo, pode ser permutado pelos pronomes ele, ela, eles, elas.


Tipos de sujeito

• Sujeito determinado: ocorre quando a terminação do verbo e o contexto permitem:

- reconhecer que existe um elemento ao qual o predicado se refere;

- indicar quem é esse elemento.

Exemplo: A carrocinha levou meu cachorro.

O sujeito determinado pode ainda ser subclassificado como:

Sujeito determinado simples: aquele que tem apenas um núcleo.

Exemplo: A mãe levantou-se aborrecida.

Sujeito determinado composto: aquele que tem mais de um núcleo.

Exemplo: Arroz e feijão não saíam de nossos pratos.

O sujeito determinado pode não ocorrer explícito na oração. Há quem costume classificá-lo como:

- sujeito determinado implícito na desinência verbal;

- sujeito elíptico;

- sujeito oculto;

Exemplo: Vou ao cinema na sessão das dez.
(sujeito = eu – implícito na desinência verbal)

• Sujeito indeterminado: ocorre quando a terminação do verbo e o contexto permitem reconhecer que:

- existe um elemento ao qual o predicado se refere, mas

- não é possível identificar quem é, nem quantos são esses elementos.

Exemplo: Chegaram da festa tarde demais.

Há duas maneiras de se indeterminar o sujeito:

- pode-se colocar o verbo na terceira pessoa do plural, sem referência a nenhum antecedente;

Exemplo: Dizem péssimas coisas sobre você.

- justapondo-se o pronome se – índice de indeterminação do sujeito – ao verbo na terceira pessoa do singular.

Exemplo: Precisa-se de balconista.

* Quando o verbo está na terceira pessoa do plural, fazendo referência a elementos antecedentes, o sujeito classifica-se como determinado.

Exemplo: A sua família não te respeita. Dizem péssimas coisas sobre você.

* É preciso não confundir a classificação do sujeito em frases aparentemente equivalentes como as que seguem:

Exemplos: Discutiu-se o fato.

Discordou-se do fato.

Na primeira, o sujeito é determinado; na segunda é indeterminado.

Para compreender a diferença entre um caso e outro, é preciso levar em conta que o pronome se pode funcionar como:

• Partícula apassivadora: nesse caso, sempre há na frase um sujeito determinado;

• Índice de indeterminação do sujeito: nesse caso, o sujeito é indeterminado.

Se – Partícula apassivadora

Quando o pronome se funciona como partícula apassivadora, ocorre a seguinte estrutura:

• Verbo na terceira pessoa (singular e plural)

• Pronome se;

• Um substantivo (ou palavra equivalente) não precedido de preposição;

• É possível a transformação na voz passiva com o verbo ser (voz passiva analítica).

Exemplo:

Contou
se
a história.
verbo na 3ª pessoa
pronome
substantivo sem preposição.



Transformação:

Foi contadaa história.
voz passiva analítica (com o verbo ser)  



A análise da frase anterior será então a seguinte:

Contou
se
a história.
Voz passiva sintética ou pronominal
partícula apassivadora
sujeito determinado simples



Se – Índice de indeterminação do sujeito

Quando o pronome se funciona como índice de indeterminação do sujeito, ocorre esta estrutura:

• Verbo na terceira pessoa do singular;

• Pronome se;

• Não ocorre um substantivo sem preposição que possa ser colocado como sujeito do verbo na voz passiva analítica.

Exemplo:

Falou
se
da história.
verbo na 3ª pessoa do singular
pronome
substantivo com preposição



Transformação na voz passiva analítica – não é possível. A frase terá então a seguinte análise:

?
falou
se
da história
sujeito indeterminado
verbo na voz ativa
índice de indeterminação do sujeito
objeto



• Sujeito inexistente: ocorre quando simplesmente não existe elemento ao qual o predicado se refere.

Exemplo: Choveu durante o dia.

O verbo que não tem sujeito chama-se impessoal e os verbos impessoais mais comuns são os seguintes:

- haver: no sentido de existir, acontecer e na indicação de tempo passado.

Exemplo: Houve poucas reclamações.

- fazer: na indicação de tempo passado e de fenômenos da natureza.

Exemplo: Faz dois anos que te perdi.

- ser: na indicação de tempo e distância.

Exemplo: É dia.

todos os verbos que indicam fenômenos da natureza;

Exemplo: Nevou durante a madrugada.
Choveu muito durante o dia.


Referência: Brasil Escola. (http://www.brasilescola.com/gramatica/sujeito-e-predicado.htm).

Plural dos substantivos compostos

Ao falarmos sobre substantivos, recordamos que estes conceituam-se como tudo aquilo que dá nome às entidades de forma geral: lugares, pessoas, animais, coisas, entre outros. E uma dúvida que naturalmente ocorre, é o momento de empregarmos a forma correta dos substantivos compostos, ou seja, aqueles que apresentam mais de um radical em sua composição. Como por exemplo, guarda-chuva, pé de moleque, beija-flor, dentre outros. Levando-se em consideração que a linguagem escrita requer certos padrões de empregabilidade, e que ao nos referirmos a estes remetemos à questão das regras, segue, portanto, alguns casos específicos, os quais devemos nos atentar:
# Nos compostos em que o primeiro elemento é um verbo ou uma palavra invariável, como por exemplo, um advérbio, e o segundo elemento é um substantivo ou adjetivo: - Apenas o segundo elemento pluralizaNote: abaixo-assinado- abaixo-assinados
beija-flor - beija-flores
sempre-viva - sempre-vivas 
# Em compostos em que os elementos são variáveis: - Ambos vão para o plural. Ex: surdo-mudo - surdos-mudos
guarda-civil - guardas-civis
quarta-feira - quartas-feiras
 
# Nos casos em que o segundo elemento dá ideia de finalidade ou semelhança, ou limita o primeiro:
- Somente o primeiro vai para o plural. Ex:
escola-padrão – escolas-padrão
pombo-correio - pombos-correio
salário-família - salários-família 
# Compostos de verbo+ verbo:
- Ambos variam ou só o segundo vai para o plural. Ex:
corre-corre - corre-corres ou corres-corres
# Compostos ligados por preposição:
- Neste caso, somente o primeiro vai para o plural. Ex:
pé de moleque - pés de moleque
pão-de -ló - pães-de-ló
# Em compostos formados por palavras repetidas ou onomatopeias:
- Apenas o segundo elemento vai para o plural. Ex:
tico-tico - tico-ticos
reco-reco - reco-recos
tique-taque - tique-taques



Referência: Brasil Escola. (http://www.brasilescola.com/gramatica/o-plural-dos-substantivos-compostos.htm).

Plural dos substantivos simples


PLURAL DOS SUBSTANTIVOS SIMPLES
Regra geralAcrescenta-se o sufixos à forma singular.
Seguem essa regra:
SUBSTANTIVOS SIMPLES  terminados em:Vogal como em: bolas (bola), iates (iate), minis (mini), patos (pato) etc.
Ditongo oral como em: troféus (troféu), pais (pai), heróis (herói) etc.
ã, ãe como em: mães (mãe), irmãs (irmã), imãs (imã) etc.
Nome de letras como: os efes (efe), os eles (ele), os erres (erre), os cês (cê), os ás (de a) etc.
Nomes dos números como: os setes quatros, os cincos onzes, os noventas trezes. Exceto os terminados em s e z que permanecem invariáveis como: os dez cincos, os trezes três.
Notas importantes:
Os substantivos simples terminados em en, na forma do plural não possuem acentuação gráfica como: polens,edens etc.
Os substantivos terminados em -n podem ter dois plurais, em -es ou -s: Hífenes ou hifens, abdômenes ou abdomens, líquenes ou liquens, gérmenes ou germens, pólenes ou polens, etc.
Regras especiaisSubstantivos simples terminados em:
r e z acrescenta-se o sufixo es como em: pares (de par), pazes (paz).
Os substantivos terminados em -n podem ter dois plurais, em -es ou -s: Hífenes ou hifens, abdômenes ou abdomens, líquenes ou liquens, gérmenes ou germens, pólenes ou polens, etc. NOTA IMPORTANTE: O plural de "cânon" é "cânones".
al, el, ol, ul, troca-se o l por is: funerais (funeral), pastéis (pastel), faróis (farol), Rauis (Raul). As exceções são: males (mal), cônsules (cônsul), moles (mol), mel aceita como plural méis e meles, a palavra "aval", avais ou avales, "cal", cais ou cales e real (moeda antiga) réis.
il, se a palavra for oxítona, troca-se o l por s: fuzis (fuzil), cantis (cantil), barris (barril), canis (canil). Se a palavra for paroxítona ou proparoxítona, troca-se o il por eis: Fósseis (fóssil), projéteis (projétil), difíceis (difícil), fáceis (fácil), répteis (réptil)
m substitui-se o m por ns como em: tons (tom), afins (afim), totens (totem, também "tótemes") etc.
em s:
monossílabos e oxítonos acrescenta-se es como em: gases (gás), dinamarqueses (dinamarquês), ingleses (inglês).
não oxítonos permanecem inalteráveis como em: os lápis, os ônibus, os vírus etc.
em "x" ficam iguais, como em: os ônix, os tórax etc. Algumas palavras em "x" têm variante em -ce. Nesse caso constituem o plural em -ces (não sendo necessariamente a forma variante no plural, essas palavras têm realmente plural irregular): Cálices (cálix ou cálice), índices (índex ou índice), apêndices (apêndix ou apêndices), látices (látex, mais comum, ou látice), hélices (hélix ou hélice), háluces (hálux), códices (códex ou códices), etc.
em ão:
Há três formas possíveis, dependendo de cada palavra em particular: forma 1: mãos (mão), cidadãos (cidadão), anãos (anão) - forma 2: cães (cão), pães (pão), alemães (alemão) - forma 3: balões (balão), anões (anão).
Nota importante: assim como o substantivo anão, existem outros terminados em ão que admitem mais de uma forma de plural. Exemplos: charlatães, charlatões; ermitãos, ermitães ou ermitões; hortelãos, hortelões; sacristãos, sacristães; anciões, anciãos, anciães; cirurgiões, cirurgiães; vilões, vilãos; peões, peães; vulcões, vulcãos.

Gênero dos substantivos

Ao tratarmos sobre o assunto em questão devemos nos atentar para algumas peculiaridades, uma vez que estas fazem toda a diferença no momento da linguagem escrita. Dispormos de nossos conhecimentos no que se refere às normas gramaticais,com todas as regras e as possíveis exceções, faz parte da construção de nosso perfil linguístico. 
Razão pela qual conheceremos adiante um pouco mais sobre formação do gênero referente à classe gramatical denominada “substantivo”. Quando falamos em gênero, estamos nos referindo ao masculino e feminino.Vejamos sua classificação: 
Substantivos biformes – São aqueles que possuem duas formas distintas, tanto para o feminino quanto para o masculino. Exemplos: 
menino – menina
gato – gata
cão - cadela 
Substantivos comum-de-dois – São aqueles que possuem uma só forma para o masculino e para o feminino, mas permitem a variação de gênero por meio de palavras modificadoras, entre estas, os artigos, adjetivos e pronomes. Exemplos: 
a estudante
o estudante
meu fã
minha fã 
Substantivos epicenos – São aqueles que possuem apenas um gênero e indicam nomes de certos animais, sendo necessário o emprego das palavras “macho e fêmea” para designá-los. Exemplos: 
jacaré macho
jacaré fêmea
cobra macho
cobra fêmea 
Substantivos sobrecomuns – São aqueles que não possuem distinção nenhuma para designar os dois gêneros, ou seja, um único termo é usado para representá-los. Exemplos: 
a criança
a testemunha
o indivíduo.



Referência: Brasil Escola. (http://www.brasilescola.com/gramatica/o-genero-dos-substantivos.htm).

Substantivo


O substantivo representa a palavra que nomeia os seres de uma forma geral
O substantivo representa a palavra que nomeia os seres de uma forma geral
Substantivo... Esse conceito se encontra presente nos discursos que proferimos, nos textos que escrevemos, enfim, organizamos cotidianamente nossos pensamentos e expressamos nossas opiniões com o uso dele. Assim, em se tratando dos postulados gramaticais, o substantivo integra o que chamamos de classes gramaticais, exercendo funções específicas.
Partindo desse princípio, conheceremos agora as características que norteiam os substantivos, começando pela sua função. Tal classe representa a palavra que serve para nomear os seres de uma forma geral, sendo estes representados por pessoas, lugares, instituições, grupos, entes de natureza espiritual ou mitológica. Assim, temos:
homem
Brasil
saci
alma
cachorro
Paraná
sereia
mulher
criança...
Nomeia, além destes já citados, ações, estados, qualidades, sensações e sentimentos, bem como:
caridade
tristeza
alegria
acontecimento
decepção
prazer...
Dada a função que essa classe exerce, nota-se que ela provém da mesma família de “substância, substancial”, ou seja, algo necessário, fundamental. Sendo assim, os substantivos recebem classificações distintas, tendo em vista aspectos relacionados à formação e ao significado de abrangência. No que tange a este aspecto, eles se classificam em: concretos, abstratos, comuns e próprios. E no que se refere àquele, eles se classificam em: simples, compostos, primitivos e derivados.
Vejamos cada um de forma particular:  
Substantivos simples
São aqueles que apresentam um único radical em sua estrutura:
livro
pedra
flor
terra...
Substantivos compostos
São representados por aqueles que possuem pelo menos dois radicais em sua estrutura:
passatempo
rodapé
couve-flor
pombo-correio...
Substantivos primitivos
Classificam-se como aqueles que não se originam de nenhuma palavra já existente na língua:
casa
árvore
folha
rua...
Substantivos derivados
São aqueles que, ao contrário dos primitivos, provêm de outras palavras já existentes:
terreiro
terraplanagem
floricultura
pedreira
folhagem...
Substantivos concretos
Representam aqueles que nomeiam seres de existência independente (reais ou imaginários):
Deus
cidade
saci
fada
duende
homem
coelho...
Substantivos abstratos
Representam aqueles que dão nome a estados, qualidades, sentimentos e ações:
amor
paixão
tristeza
honestidade
coragem...
Substantivos comuns
São aqueles que designam todo e qualquer indivíduo de uma espécie de seres:
riacho
estrada
animal
escola
montanha...
Substantivos próprios
São assim denominados pelo fato de designarem de forma particular um ser de determinada espécie:
Pedro
Praça dos Três Poderes
Maceió
Rio Tocantins
Alemanha
Vênus
Rio de Janeiro...

Referência: Brasil Escola. (http://www.brasilescola.com/gramatica/substantivo.htm).